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Gonga

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Description

O jogo Batalha de Mitos faz parte do projeto de nome Mitos da Terra fruto da parceria entre as empresas Alpha Centauri e Sinergia Games. O BDM será um jogo de cartas colecionáveis baseado na cultura brasileira onde serão apresentados famosos mitos como o Saci e o Curupira, assim como as divindades indígenas e afro-brasileiras. Neste game será possível a utilização de cartas em partidas nas quais os personagens irão batalhar entre si. O game poderá ser jogado por duas ou quatro pessoas e tem como público alvo jovens e adultos. O BDM poderá ser classificado como um jogo de tabuleiro havendo a presença de uma arena de batalha, cartas colecionáveis e objetos acessórios (dados, marcadores, etc). Tais tipos de jogos podem ser considerados até certo ponto como casuais, ou seja, serão utilizados pelos jogadores em momentos específicos. Podemos imaginar que haverá uso por jovens no colégio e em reuniões com seus amigos, já para os adultos apenas em momentos de lazer onde a disponibilidade de jogos virtuais seja menor. Nesta primeira versão do card game será produzida uma edição limitada de 120 cartas contemplando 60 cartas baseadas nas Divindades Indígenas e 60 castas baseadas nas Divindades Afro-brasileiras. Esta serão divididas em 5 elementos: Terra, Água, Ar, Fogo e Éter. 

Mais Informações em: www.batalhademitos.com.br

Resumo:

O Gonga foi um feiticeiro, ou melhor, o grande, o primitivo, o maior dos feiticeiros. Ele recebeu os ensinamentos do Olorum e do Exu sobre o bem e o mal para que pudesse utilizar os seus segredos conforme desejasse. Sendo agraciado por tal poder, Gonga foi orientado por outros orixás para que celebrasse uma festa em agradecimento. Percebendo a importância de tal evento, ele sabia que deveria preparar um grande banquete em referência àqueles que o empossaram de tamanha sabedoria. A partir dessa necessidade logo percebeu que não teria tempo para preparar alimento para tantas pessoas quantas gostaria de convidar, pois naquela época ainda não dominavam o fogo para que pudessem cozinhar de forma ágil. Devido a esta necessidade, o Gonga saiu em busca de algo que pudesse ajudá-lo com esta tarefa. Enquanto atravessava por algumas encruzilhadas, ele imediatamente se lembrou de quem poderia auxiliá-lo naquele caminho que desejava trilhar. Gonga pediu ajuda para Exu para que ele o ajudasse e conceber algo que o permitisse cozinhar de forma mais acelerada do que talvez já tivesse tentando ao expor o alimento ao sol. Assim, Exu apenas o auxiliou abrindo os caminhos em sua mente para que ele utilizasse da sabedoria que havia recebido. Então, de forma intuitiva, o Gonga lembrou-se dos raios que ao caírem sobre as árvores geram chamas que as consome. Imediatamente ele clamou por Xangô para que enviasse mais um raio naquele momento para que ele pudesse aprender como se dava a criação da chama por meio da árvore e do raio. A resposta foi imediata e então alguns raios caíram naquela região onde ele estava e um raio desceu sobre uma árvore fazendo com que ela ficasse em chamas. Gonga ficou bastante assustando com aquele poder e não sabia o que fazer com o seu desejo realizado, pois lembrava-se que aquele fogo não era controlável e que em algum tempo ele se apagaria. Em uma tentativa de guardar de alguma forma aquelas chamas, ele juntou alguns pedaços de galhos secos que encontrou, pegou algumas brasas que caíam da árvore e pensou que juntando ambos poderia prorrogar o tempo de duração daquele fogo. Pensou também que poderia guardar sobre a terra para desta forma não incendiar toda a florestas caso, como desejava, aquelas chamas durassem por muito tempo. Uma chuva começou a cair logo depois que ele terminou de guardar os galhos e as brasas sobre a terra, então ele retornou para sua aldeia que era um mais lugar seguro. Dias depois, já sem esperanças de que seu plano tivesse dado certo, ele retornou ao local visitado. Gonga surpreendeu-se ao ver que algumas pedras próximas ao local onde guardou as brasas riam dele zombando de sua tentativa. Irritado, ele pegou três delas e as juntou próximo a ele como em um sinal de castigo. Ao cavar em busca da chama que guardou, Gonga novamente foi surpreendido, pois de lá saiu um moleque feito de taquinhos pretos com pequenos pontos avermelhados como o fogo vivo e que largava alguns pedaços. Imediatamente Gonga o chamou de Macala e para as pedras que estavam agora pasmas pela surpresa de ter visto algo vivo sair dali de dentro, então Gonga as chamou de Macuco. Percebendo os pedaços que caiam de Macala, Gonga então juntou vários dele e os colocou sobre as pedras que ficaram duas e frias de tão abaladas, elas não riram novamente jamais. Percebeu que quando o vento passava naquela direção, algo acontecia e uma breve chama era vista rapidamente. Ele então se aproximou e assoprou continuamente na direção daqueles pedaços sobre a pedra. Desta forma uma pequena chama começou a crescer até que se fez uma pequena fogueira. Para Gonga não havia dúvida de que poderia repetir este feito para gerar fogo quando desejasse. Com este conhecimento ele retornou para a sua aldeia e então ensinou aos demais como poderia produzir o fogo a partir de brasas.

Características:

Como durante a pesquisa realizada não foram encontradas características físicas do Gonga, iremos criar algumas delas a partir de correlações com as representações bases de feiticeiros africanos. Também representaremos na ilustração alguns detalhes de outros elementos que estejam direta ou indiretamente relacionados com o nome do personagem. Conforme já apresentado, a estrutura base da ilustração deve apresentar um feiticeiro. A cena deverá ser conforme descrita no resumo, onde o Gonga assopra na direção de galho, brasas e três pedras. Mesmo que descrito como uma pequena fogueira, deve ser representado o crescimento do fogo a partir do vento soprado gerando uma chama medianamente maior. O Gonda, isto a partir de uma correlação indireta do seu nome com a palavra gunga que é o nome de um antílope africano, deve representar em suas vestimentas e cores as características desse animal. Ele deverá vestir um manto com a pele dessa criatura, assim como ter como uma espécie de capacete sendo a cabeça desse animal. Os chifres deve estar para trás e para baixo e não deve representar uma face macabra. O Gonga deve ter em seu corpo alguns adornos nos pulsos, braços, joelhos e tornozelo representando proteção. Outras duas características de correlação indireta serão a presença do berimbau e do Gongá (altar). O feiticeiro deve portar um pequeno berimbau na cintura de trinta centímetros, porém com uma cabaça grande quase do mesmo tamanho. Quanto ao altar, deve ser representado pela figura do Macala sentando ao fundo sobre algumas pedras e com diversos pedaços seus caídos sobre elas.

Escrito por Ramon Santos
Ilustrado por Filipe Sant'Ana

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